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“Vivemos uma época sem futuro. A espera do que está por vir já não é uma esperança, mas angústia” escrevia, em 1934, Simone Weil. Eis o fulcro do problema: o nosso tempo não é do desespero, mas do desapontamento. Vivemos o tempo da decepção. Tudo isso faz reflectir. A própria arte não deixa de relacionar-se com a escuridão humana. De facto: o conhecimento obscuro e instintivo. Está-lhe reservada – para retomar Antonin Artaud – dizer “verdades insuportáveis”. “Van Gogh o suicidado da sociedade” aí está – como um ícone do transe-, porque a lógica anatómica do homem moderno- como escreveu o autor de “O teatro e o seu Duplo”- é nunca ter podido viver nem pensar senão à possesso.
alexandre teixeira mendes
Do livro "animal humano"
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